“Envelhecimento é a conseqüência de alterações, que os indivíduos
demonstram, de forma característica, com progresso do tempo, da idade adulta até o
fim da vida”. (MEIRELLES, 1997).
Idade do meio ou critica – dos 45 aos 60 anos, aproximadamente,
encontram-se os primeiros sinais de envelhecimento, que representam
frequentemente uma tendência ou predisposição ao aparecimento de doenças, entre
as quais se destacam:
a) senescência gradual – dos 60 aos 70 anos, aproximadamente. É
caracterizada pelo aparecimento de alterações fisiológicas e funcionais instaladas,
típicas da idade avançada;
b) velhice- nesta idade, que se inicia por volta dos 70 anos, está-se frente
ao velho ou ancião no sentido estrito;
c) longevo – ou grande velho – aquele com mais de 90 anos.
De maneira geral, os estudiosos em gerontologia são unânimes em
salientar que a idade cronológica não corresponde a idade biológica, e essa
classificação é utilizada como uma orientação para o profissional quanto à maneira
de se abordar a problemática apresentada pelo individuo: se preventiva, reabilitativa
ou paliativa. Várias são as teorias que tentam explicar cientificamente o fenômeno
do envelhecimento, entre elas estão:
d) dos distúrbios no mecanismo de reparação do DNA;
e) de erros nas funções celulares fundamentais;
f) dos radicais livres, que surgem na presença de oxigênio que atacam
as membranas celulares causando envelhecimento;
g) do estresse (fase de alarme, fase de resistência, fase de esgotamento).
A fase de esgotamento consistiria no envelhecimento, caracterizado por
uma diminuição da resistência. Segundo Verderi (2002), o envelhecimento é
acompanhado de mudanças com grau de variação entre os indivíduos. Uma coisa,
porém, é inegável, o envelhecimento é a regressão de funções e a diminuição de
vulnerabilidade e não da aproximação da morte. A população de idosos está
atualmente ocupando um espaço muito importante em nossa sociedade, o aumento
dessa população é uma realidade. Dado este fato, em nosso país começa a surgir
certa preocupação em diversos setores, no sentido de não desampará-los dandolhes melhores e maiores assistências mediantes as necessidades.
O envelhecimento é uma preocupação constante do homem em todos os
tempos. Em nossa sociedade o homem rejeita o envelhecimento, não se
conformando com sua evidência. A terceira idade desperta sentimento negativo
como piedade, medo e constrangimento (AZEVEDO, 1998). Existem várias maneiras
de se envelhecer, dentro da variação individual, ao chegar a uma idade mais
avançada pode transcorrer de maneira harmoniosa, sendo responsável por uma
etapa feliz e digna da vida do indivíduo, ou pode acontecer de maneira desastrosa,
onde, apesar da longevidade, o prazer de viver é perdido pelo caminho. Envelhecer
não significa necessariamente acumular perdas e abandonar perspectivas. O temor
com a possível aproximação da morte se torna menos lógica quando observarmos
as estatísticas. É a própria vida quem nos aproxima da morte e não o
envelhecimento. Este é uma dádiva que poucos recebem e, menos ainda,
conseguem ou sabem usufruir. Portanto, o mais substancial é poder, saber e querer
envelhecer com dignidade. E para isso é necessário que uma vida digna seja
acessível a todos os indivíduos em todas as fases evolutivas do seu viver. Em no
que diz respeito à prevenção em gerontologia, para que possamos prolongar a vida
com saúde, isto é, com qualidade de vida, devemos sempre que possível, promover
fatores que possibilitem o retardo dos declínios decorrentes do envelhecimento, e
reduzir ao máximo as situações que gerem perda da capacidade ou autonomia do
indivíduo.
O envelhecimento é um processo fisiológico que não necessariamente
corre paralelo à idade cronológica, apresentando considerável variação individual. O
fator em comum de todas essas evidências é que todos nós estamos envelhecendo
e envelhecemos a cada dia de nossa vida, acreditando que envelhecer faz parte do
processo de crescimento e desenvolvimento do ser humano, e ao contrário do que a
sociedade pensa, o envelhecimento está associado não somente a fatores
negativos, mas também a uma série de aspectos positivos que enriquecem a vida do
indivíduo em diversas áreas. Dessa forma, o idoso não pode ser mais visto como um
ser que não tem mais nada a oferecer, ou associado à imagem de doença,
incapacidade e dependência (MATSUDO, 2001).
Envelhecimento é um fenômeno fisiológico, progressivo e inerente a todo
ser humano. No entanto, ele não será necessariamente patológico. Patológico,
podemos dizer que encontramos na senilidade, e que muitas vezes acompanha um
envelhecimento vinculado a uma precária qualidade de vida. Nessa situação, o
organismo passaria a apresentar algumas limitações, desequilíbrios no sistema
motor e/ou cognitivo, comprometendo assim, o dia-a-dia do idoso. Muitas mudanças
físicas que ocorrem com a idade afetam a aparência. Ganho de gordura
generalizado, perda dos músculos, perda da estatura, má postura, pele seca,
renovação mais lenta das células lubrificantes, pele pálida devido à perda de
pigmentos da pele, manchas na pele muito expostas ao sol, os vasos sanguíneos se
tornam mais evidentes devido ao afinamento da pele e outras no sistema psicológico
e funcional. No entanto, apesar de alguns decréscimos de eficiência e capacidade
físico-motora, à medida que envelhecemos, não deixa de ser possível manter um
nível relativamente alto de desempenho físico e mental por muitos anos. Aqueles
que mantêm uma vida ativa de forma física, cognitiva e social serão sempre
privilegiados (VERDERI, 2004). A diminuição ou perda da capacidade funcional leva
a incapacidade funcional, que em muitos casos é conseqüência das perdas
associadas ao envelhecimento, mas principalmente à falta ou diminuição da
atividade física associada ao aumento da idade cronológica, que leva à perdas
importantes na condição cardiovascular, força muscular e equilíbrio, que são
responsáveis em grande parte pelo declínio na capacidade funcional (MATSUDO,
2001).
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