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terça-feira, 5 de junho de 2012

1 A TERCEIRA IDADE E SUAS CARACTERISTICAS

“Envelhecimento é a conseqüência de alterações, que os indivíduos demonstram, de forma característica, com progresso do tempo, da idade adulta até o fim da vida”. (MEIRELLES, 1997).
 Idade do meio ou critica – dos 45 aos 60 anos, aproximadamente, encontram-se os primeiros sinais de envelhecimento, que representam frequentemente uma tendência ou predisposição ao aparecimento de doenças, entre as quais se destacam: a) senescência gradual – dos 60 aos 70 anos, aproximadamente. É caracterizada pelo aparecimento de alterações fisiológicas e funcionais instaladas, típicas da idade avançada; b) velhice- nesta idade, que se inicia por volta dos 70 anos, está-se frente ao velho ou ancião no sentido estrito; c) longevo – ou grande velho – aquele com mais de 90 anos. De maneira geral, os estudiosos em gerontologia são unânimes em salientar que a idade cronológica não corresponde a idade biológica, e essa classificação é utilizada como uma orientação para o profissional quanto à maneira de se abordar a problemática apresentada pelo individuo: se preventiva, reabilitativa ou paliativa. Várias são as teorias que tentam explicar cientificamente o fenômeno do envelhecimento, entre elas estão: d) dos distúrbios no mecanismo de reparação do DNA; e) de erros nas funções celulares fundamentais; f) dos radicais livres, que surgem na presença de oxigênio que atacam as membranas celulares causando envelhecimento; g) do estresse (fase de alarme, fase de resistência, fase de esgotamento). A fase de esgotamento consistiria no envelhecimento, caracterizado por uma diminuição da resistência. Segundo Verderi (2002), o envelhecimento é acompanhado de mudanças com grau de variação entre os indivíduos. Uma coisa, porém, é inegável, o envelhecimento é a regressão de funções e a diminuição de vulnerabilidade e não da aproximação da morte. A população de idosos está atualmente ocupando um espaço muito importante em nossa sociedade, o aumento dessa população é uma realidade. Dado este fato, em nosso país começa a surgir certa preocupação em diversos setores, no sentido de não desampará-los dandolhes melhores e maiores assistências mediantes as necessidades. O envelhecimento é uma preocupação constante do homem em todos os tempos. Em nossa sociedade o homem rejeita o envelhecimento, não se conformando com sua evidência. A terceira idade desperta sentimento negativo como piedade, medo e constrangimento (AZEVEDO, 1998). Existem várias maneiras de se envelhecer, dentro da variação individual, ao chegar a uma idade mais avançada pode transcorrer de maneira harmoniosa, sendo responsável por uma etapa feliz e digna da vida do indivíduo, ou pode acontecer de maneira desastrosa, onde, apesar da longevidade, o prazer de viver é perdido pelo caminho. Envelhecer não significa necessariamente acumular perdas e abandonar perspectivas. O temor com a possível aproximação da morte se torna menos lógica quando observarmos as estatísticas. É a própria vida quem nos aproxima da morte e não o envelhecimento. Este é uma dádiva que poucos recebem e, menos ainda, conseguem ou sabem usufruir. Portanto, o mais substancial é poder, saber e querer envelhecer com dignidade. E para isso é necessário que uma vida digna seja acessível a todos os indivíduos em todas as fases evolutivas do seu viver. Em no que diz respeito à prevenção em gerontologia, para que possamos prolongar a vida com saúde, isto é, com qualidade de vida, devemos sempre que possível, promover fatores que possibilitem o retardo dos declínios decorrentes do envelhecimento, e reduzir ao máximo as situações que gerem perda da capacidade ou autonomia do indivíduo. O envelhecimento é um processo fisiológico que não necessariamente corre paralelo à idade cronológica, apresentando considerável variação individual. O fator em comum de todas essas evidências é que todos nós estamos envelhecendo e envelhecemos a cada dia de nossa vida, acreditando que envelhecer faz parte do processo de crescimento e desenvolvimento do ser humano, e ao contrário do que a sociedade pensa, o envelhecimento está associado não somente a fatores negativos, mas também a uma série de aspectos positivos que enriquecem a vida do indivíduo em diversas áreas. Dessa forma, o idoso não pode ser mais visto como um ser que não tem mais nada a oferecer, ou associado à imagem de doença, incapacidade e dependência (MATSUDO, 2001). Envelhecimento é um fenômeno fisiológico, progressivo e inerente a todo ser humano. No entanto, ele não será necessariamente patológico. Patológico, podemos dizer que encontramos na senilidade, e que muitas vezes acompanha um envelhecimento vinculado a uma precária qualidade de vida. Nessa situação, o organismo passaria a apresentar algumas limitações, desequilíbrios no sistema motor e/ou cognitivo, comprometendo assim, o dia-a-dia do idoso. Muitas mudanças físicas que ocorrem com a idade afetam a aparência. Ganho de gordura generalizado, perda dos músculos, perda da estatura, má postura, pele seca, renovação mais lenta das células lubrificantes, pele pálida devido à perda de pigmentos da pele, manchas na pele muito expostas ao sol, os vasos sanguíneos se tornam mais evidentes devido ao afinamento da pele e outras no sistema psicológico e funcional. No entanto, apesar de alguns decréscimos de eficiência e capacidade físico-motora, à medida que envelhecemos, não deixa de ser possível manter um nível relativamente alto de desempenho físico e mental por muitos anos. Aqueles que mantêm uma vida ativa de forma física, cognitiva e social serão sempre privilegiados (VERDERI, 2004). A diminuição ou perda da capacidade funcional leva a incapacidade funcional, que em muitos casos é conseqüência das perdas associadas ao envelhecimento, mas principalmente à falta ou diminuição da atividade física associada ao aumento da idade cronológica, que leva à perdas importantes na condição cardiovascular, força muscular e equilíbrio, que são responsáveis em grande parte pelo declínio na capacidade funcional (MATSUDO, 2001).

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