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segunda-feira, 11 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
Envelhecimento e exercício
No Brasil, segundo projeções demográficas, estima-se crescimento de 16
vezes no número de idosos no período de 1950 a 2020. Por outro lado, ocorre
diminuição do envolvimento do número em atividades físicas vigorosas e moderadas
e da vida diária com o aumento progressivo da idade, levando ao decréscimo da
capacidade física. Tal fato tem-se associado com o aumento do risco de doenças
crônicas não transmissíveis, como a hipertensão, diabetes tipo 2, doença
coronariana, acidente vascular cerebral, osteoartrite, problemas respiratórios e
desvios posturais. Sugere-se que a morbimortalidade associada às doenças
crônicas poderia ser reduzida com a prevenção, incluindo mudanças no estilo de
vida, principalmente na dieta e atividade física. Paffenbarger et al (1978).
demonstraram que a prática da atividade física regular reduziu o risco de
mortalidade por doença coronariana e outras causas, aumentando a longevidade.
Portanto, a atividade física tem sido amplamente empregada como estratégia para
melhorar a qualidade de vida do idoso, diminuindo os efeitos deletérios causados
pelas alterações que vêm acompanhadas com o aumento da idade e o contato
social, reduzindo os problemas psicológicos.
Alguns estudos que tinham como principal objetivo aumentar o nível de
atividade física mediante orientações com técnicas de mudanças de comportamento
se mostraram eficazes.
Durante o processo do envelhecimento temos alterações fisiológicas e em
nossas capacidades físicas:
- Redução da força.
- Redução do volume muscular.
- Aumento do tecido não contrátil (gordura e tecido conectivo) no
músculo. 25
- Redução na área de secção transversa do músculo esquelético, tem
início aos25 anos e se torna mais pronunciada a partir da 5 década de
vida.
- As fibras tipo II, com o envelhecimento, reduzem em tamanho
enquanto que as fibras do tipo I permanecem praticamente inalteradas.
- A redução da área de secção transversa do músculo também se dá às
custas da redução do número de fibras ao longo do processo de
envelhecimento.
- O envelhecimento parece provocar redução no número tanto de fibras
do tipo I como do tipo II.
- Com o envelhecimento ocorre também uma redução no número de
unidades motoras. Esse fenômeno parece ser resultante da perda de
neurônios motores alfa da medula espinhal com subseqüente
degeneração de seus neurônios em contra partida as unidades
motoras remanescentes aumentam de tamanho.
- Capacidade reduzida no idoso em gerar força em alta velocidade
(potência).
- Vários estudos têm relacionado a redução da força muscular a uma
maior suscetibilidade a quedas, fraturas e dependência do idoso.
- Parte da redução da capacidade aeróbia (50%) no idoso tem sido
atribuída a sua perda de massa muscular.
Atividade e seus benefícios
Segundo Matsudo (2001), a atividade física é definida como qualquer movimento corporal
produzido pelos músculos esqueléticos que resultam em gasto calórico acima do basal. O exercício
físico é definido como uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva,
resultando na melhora ou manutenção de uma ou mais variáveis da aptidão física. A atividade física
está apoiada em vários fundamentos científicos. É preconizada como indicador de qualidade de vida
em todas as faixas etárias de caráter saudáveis ou comprometidos. Relata ainda a forte associação
entre qualidades físicas (entre outras resistências, coordenação, velocidade, força, equilíbrio,
flexibilidade, relaxamento, ritmo e agilidade), habilidades motoras (movimentos mais precisos como
receber, passar, quicar, arremessar, costurar, cortar, escrever etc).
A atividade física para idosos deve ter os seguintes objetivos: manter a capacidade
funcional geral, preservar a integridade músculo-esquelético, aprimorar o estado psicológico, prevenir
e tratar coronariopatia e o diabetes tipo II. O plano de atividade física deve ter: tipo de exercício
(ênfase no movimento aleatório, na flexibilidade e em alguns exercícios de resistência), intensidade
(moderada sob recarga com progressão lenta), duração (com base na capacidade do indivíduo, até
sessenta minutos por dia, em múltiplas sessões), freqüência (todos os dias com atividades de níveis
mais baixos, como caminhar). Os exercícios se forem bem conduzidos, favorecem ás áreas físicas, 23
psíquicas e social tais como: composição corpórea (aumenta a massa magra e reduz a massa
gordurosa, pois, ajuda na queima de calorias, contribuindo para redução do peso); aparelho
cardiovascular central e periférico (aumenta a capacidade do coração e das veias para bombear
sangue); perfil lipídico (reduzindo LDL colesterol e triglicerídeos e aumentando o HDL colesterol, que
tem efeito protetor sobre a parede arterial); aparelho respiratório (melhorando sua performance,
aumentando a massa muscular, previne quedas, melhora o equilíbrio, a força muscular, a mobilidade
articular, a massa óssea e a coordenação motora, melhora a imagem corporal e ajuda o idoso a ter
autoconfiança). As atividades físicas estimulam o crescimento, e o fortalecimento dos músculos. Os
músculos, como estão presos nos ossos, estimulam estes a crescerem, a aumentar a massa óssea.
Elas também melhoram as condições do coração, da respiração, dando mais fôlego e aumentando a
oxigenação do cérebro e do sangue. A pessoa que faz exercícios tem mais disposição, vontade de
viver, servindo os exercícios físicos de musculação, acompanhados de exercícios de relaxamento
muscular, como poderoso método de tratamento de problemas emocionais e sexuais. As angústias,
ansiedade, depressões e fobias podem melhorar com a realização de exercícios leves de músculos e
de respiração (KNOPLICH, 2001). Em parte devido ao impacto sobre vários aspectos da saúde física
a atividade física regular tem uma importante influência sobre as capacidades funcionais, qualidade
de vida e saúde mental do cidadão idoso. Embora o hábito de praticar atividade física regular possa
estender o ciclo vital de uma pessoa em um a dois anos, um benefício muito mais importante é o
aumento de seis a dez anos na expectativa de vida ajustada ao aumento da qualidade de vida
incluem relatórios de maior bem-estar, uma melhora da auto-estima e sensação de auto-eficácia, bem
como uma redução do risco de ansiedade e depressão (SHEPHARD, 1997). Os benefícios da
atividade sobre o controle da pressão arterial acontecem por diversos fatores diretos e indiretos da
atividade física no organismo e que foram sintetizados assim: alterações cardiovasculares (diminuição
da freqüência cardíaca de repouso, do débito cardíaco em repouso, da resistência periférica e do
volume plasmático, aumento da densidade capilar); alterações endócrinas e metabólicas (diminuição
da gordura corporal, diminuição dos níveis de insulina, diminuição na atividade do sistema nervoso
simpático, aumento da sensibilidade à insulina, melhora da tolerância à glicose); composição corporal
(efeito diurético, aumento da massa muscular, aumento de força muscular); comportamento
(diminuição do estresse, diminuição da ansiedade). Efeitos na saúde mental: melhora do autoconceito; melhora da auto estima; melhora do humor; melhora da imagem corporal; desenvolvimento
da auto-eficácia; melhora da tensão muscular e da insônia; diminuição do consumo de
medicamentos; melhora das funções cognitivas e da socialização (MATSUDO, 2001). A atividade
física é um ponto importante na qualidade de vida do idoso. No entanto, o tipo de exercício a ser
realizado depende do organismo e da vontade de cada um. Não há nenhuma fórmula predeterminada
do que deve ser feito na terceira idade. O idoso precisa olhar para si e ver qual a sua capacidade
funcional nas atividades do dia-a-dia, como subir as escadas de um ônibus, carregar panelas de
pressão, arrumar camas, abaixar-se para ver o forno, por exemplo, (OKUMA, 1998). A atividade física
é um fator fundamental na saúde do idoso. Estudos mostram que pelo menos 70% dos idosos têm
um problema de saúde e a atividade física pode ser uma grande aliada do tratamento. A prática da
atividade física pode controlar a manifestação e os sintomas de várias doenças, como hipertensão, 24
por exemplo; e reduzir o consumo de remédios. Para isso, é preciso trabalhos com três sistemas do
corpo humano: o cardiovascular, o nervoso e o músculo-esquelético. A prática de atividade física
melhora o andar e o equilíbrio; melhora a auto-eficácia; contribui para a manutenção e/ou aumento da
densidade óssea; auxilia o controle do diabetes, da artrite, das doenças cardíacas e dos problemas
com colesterol alto e hipertensão; melhora a ingestão alimentar; diminui a depressão; reduz as
ocorrências de acidentes, pois os reflexos e a velocidade ao andar ficam melhores; contribui na
manutenção do peso corporal e melhora da mobilidade do idoso (OKUMA, 2006).
Na velhice
A velhice pode ser vista pelos dois lados: como apogeu de uma vida ou
como a decadência de um indivíduo. Na atualidade, a velhice vive seu eterno
conflito. A indústria da beleza vende a eterna juventude e nega a velhice, pois esta
privilegia as pessoas altamente produtivas. O ser humano não pode continuar a ser
encarado como um produto com prazo de validade, pois a velhice nasce com o
homem e é resultado de sua trajetória biológica e espiritual.
A velhice não existe. O que existe é uma fase da vida em que as pessoas deverão colher
os frutos de seus trabalhos, tendo consciência de que agora é sua vez como uma participação
prazerosa e saudável dentro da sociedade. O passar do tempo faz com que o círculo das relações
familiares e de amigos diminua pelo processo natural de dispersão, óbitos, ficando o idoso com a
impressão de perder bruscamente a fase de sua razão de ser social. Alguns indivíduos chegam até
mesmo a perda acentuada da capacidade de adaptação e de menor expectativa de vida. A
professora Silene Okuma (1998) que tem livros e artigos publicados sobre o assunto – lembra que a
população brasileira hoje vive mais, o que significa uma convivência maior com a velhice, associada
às alterações físicas e de saúde que o envelhecimento traz. "Daí a importância de oferecer recursos
para as pessoas diminuírem as perdas ou lidarem melhor com essas perdas, que acabam interferindo
nas condições sociais.". Este processo leva à perda das possibilidades de interação social e,
conseqüentemente, a uma condição psicológica negativa. "Não é o envelhecimento em si que produz
a condição negativa, mas a forma como a pessoa experimenta este envelhecimento", explica a
professora. E uma das melhores formas de experimentá-lo é inserindo a atividade física no dia-a-dia.
Com a autoridade de quem tornou-se uma referência nacional no assunto, Silene Okuma (1996) frisa
que o sedentarismo é muito negativo para as condições de saúde e acelera as modificações
resultantes da idade. "Para diminuir a velocidade da ação do tempo é preciso ativar, estimular o
corpo." Como os exercícios físicos mantêm a funcionalidade dos sistemas e órgãos, eles aumentam a
resistência às doenças. Segundo Okuma (1996), à medida que nos exercitamos, damos uma reserva
funcional ao organismo, permitindo a manutenção de boas condições físicas mesmo no caso de
doenças. Pode não parecer, mas um bom sistema imunológico é importante também para manter
uma relação saudável com o meio. "O indivíduo, para 'funcionar' no meio social, precisa de um corpo
que funcione”, relata Okuma.
Quando se começa a perder as capacidades, vem a condição de aprisionamento,
geradora de muito mal-estar e de condições psicológicas negativas. É quando as pessoas passam a
assumir o estereótipo de que o idoso é incapaz. "A longevidade ainda é algo novo na nossa
sociedade. A caricatura que se faz do idoso ainda é de muita passividade e isolamento. E muitos
ainda assumem esta imagem." Para a autora, quando o idoso percebe que não é incapaz, muda seus
conceitos e passa a ter uma relação positiva com a velhice, de menos dependência dos outros. A
mesma dá um importante recado: "Quem nos mostra que chegamos à velhice é o corpo. É ele que
reflete as transformações.
Não existe envelhecimento social, e sim físico." Daí a importância de
manter o corpo em boas condições.
Os Benefícios
Várias pesquisas como a situada na revista do CREF4/SP, Ano IV, nº 007,
dezembro de 2.003, mostram que a atividade física seja ela qual for, desde que bem
orientada, promove benefícios à saúde.
Recentemente, documentou-se a importância da força para a manutenção
da homeostase e hemodinâmica na vida diária. Ou seja, idosos com pouca força
muscular apresentaram aumento acentuado na freqüência cardíaca e pressão
arterial. Isso devido á falta de força faz com que atividades comuns no cotidiano 21
tornem-se esforços de alta intensidade. Os principais objetivos e benefícios da
atividade física na terceira idade são:
a) manutenção da massa magra ( músculos) – torna o idoso apto a
realizar tarefas diárias que exigem maior intensidade de força, tais como: subir
escadas, carregar objetos, sentar e levantar de alturas relativamente baixas, dar
pequenos piques, todas essas tarefas são muito mais comuns para o idoso, do que
correr ou nadar longas distâncias;
b) manutenção de um alto metabolismo basal, devido à massa
magra, evitando assim obesidade e suas conseqüências;
c) prevenção de doenças crônicas ou crônico – degenerativas, tais
como: osteoporose, por influenciar positivamente na mineralização e na matriz
óssea;
d) fator psicológico: desenvolve a auto estima aumentando a vaidade
e a vontade de viver.
Atividade física na terceira idade também previne e combate doenças
como diabetes e varizes.
Nem imagina como é importante
A atividade física é importante porque através dela pode-se melhorar o nível de Aptidão
Física que nada mais é que o conjunto de atributos que se relacionam com a capacidade que um
indivíduo tem de realizar atividades físicas, onde este nível está relacionado diretamente ao nível de
saúde que as pessoas apresentam, sendo o sedentarismo considerado tão prejudicial à saúde quanto
qualquer outra doença como o diabetes, hipertensão e outros, estando o sedentário mais predisposto
a estes mesmos distúrbios. As pessoas inativas e sedentárias estão mais expostas a doenças
relacionadas ao estilo de vida.
Atividades Físicas que se constituem de exercícios bem planejados, bem estruturados,
que são feitos de maneira repetitiva e intencional são responsáveis pelos maiores e melhores
resultados para quem os pratica, além de terem seus riscos minimizados através de boas orientações
e controles adequados.
Os exercícios regulares aumentam a longevidade, melhorando a energia do indivíduo,
sua disposição e saúde de um modo geral. Melhorando também o seu nível intelectual e seu
raciocínio, sua velocidade de reação e o seu convívio social, ou seja, seu estilo de vida que é a sua
própria qualidade de vida.
O QUE É ATIVIDADE FÍSICA?
Atividade Física pode ser determinada como sendo o conjunto de ações que um indivíduo
ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto energético e alterações orgânicas, através de
exercícios que envolvam movimento corporal, com aplicação de uma ou mais capacidades físicas,
associado à atividade mental e também social, onde este indivíduo terá como resultado benefícios à
sua saúde, melhorando sua capacidade cárdio-respiratória, seu nível de força, flexibilidade, tônus
muscular, entre outras, tudo isso dependendo do tipo de atividade e da intensidade, freqüência e
duração da mesma. Além de, também, diminuir os riscos de doenças como diabetes, hipertensão,
controle de estresse, etc. Para melhor compreensão dessa área, são: Atividade Física e Educação
Física, termos correntes nas publicações. De acordo com Bouchard &Shephard (1994), entende-se
por atividade física qualquer movimento corporal produzido pelos músculos que resulte num
substancial aumento do gasto das reservas energéticas, o que inclui as atividades físicas de lazer, a
ginástica, o esporte, as tarefas da vida diária, entre outras. Já o termo Educação Física refere-se aos
conhecimentos sistematizados sobre o movimento humano, conhecimento esse que deve capacitar o
aluno para, com autonomia, otimizar suas potencialidades e possibilidades de movimentos para se
regular, interagir e transformar o meio ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida. Sendo
assim, nem toda atividade física é educação física pois, as atividades do cotidiano, do trabalho e da
vida social implicam movimentos, mas isso não caracteriza educação física. Pode-se praticar
atividades físicas como, por exemplo, o futebol e a ginástica como um meio para se alcançar
objetivos de lazer, melhorar a condição física ou com finalidades estéticas. Entretanto, esses
objetivos são variados e definidos pelo praticante em um amplo universo de possibilidades; são,
portanto, da ordem do possível e da vontade do praticante. Já essas mesmas atividades, como
conteúdos da educação física, são os meios para se alcançar objetivos definidos “a priori”, que são da
ordem do necessário, isto é, aquilo que não pode deixar de ser. Nesse sentido, a educação física tem 20
como objetivo precípuo instrumentalizar o aluno para participar de programas de atividades físicas
como ginástica, natação, dança, esporte, etc., avaliando sua qualidade e adequação para a
promoção da saúde e bem estar. Tudo indica que a diferença fundamental está na relação meio/fim.
No primeiro caso, a atividade física se constitui num fim em si mesma e, no segundo caso, a atividade
física é um meio para a Educação Física. Além disso, a educação física deve contribuir para a
formação de um consumidor crítico dos espetáculos esportivos e informações veiculadas nos meios
de comunicação, através de elementos conceituais e perceptivos que lhe permitam apreciar e refletir
sobre a estética e a técnica dessas manifestações.
Aspecto do Envelhecimento
O processo de envelhecimento ocasiona alterações consideráveis no
indivíduo, nos quais são destacados os aspectos físicos, psicológicos e sociais, que
de certa maneira um está relacionado com o outro e caminham juntos. 17
Pode–se citar dentre os fatores físicos, alterações em todos os órgãos e
sistema dos organismos intracelulares que prejudicam não somente sua função
como também sua multiplicação. No sistema nervoso ocorre uma diminuição da
atividade cerebral, deficiência e perda de neurônios, diminuindo o número de
ramificações e conexões com os outros órgãos que inervam, diminuição dos reflexos
da sensibilidade e da percepção corporal, diminuição da capacidade intelectual,
alterações na atenção e etc. No sistema motor, as articulações, músculos e ossos
sofrem diversas alterações.
Segundo Lorda Paz (1990), a estatura diminui começando entre os 50 e
55 anos devido à compreensão das vértebras e aos achatamentos dos discos
intervertebrais, de 3 a 4 centímetros, há uma constante perda de equilíbrio devido a
mudanças motoras, ombros se curvam, a cabeça se inclina para adiante, a curvatura
dorsal acentua-se, ocorre um flexionamento dos joelhos, nos ossos eles passam de
um estado consistente para um estado esponjoso, a descalcificação, que caracteriza
a osteoporose.
Nas articulações a sobrecarga é danosa e principalmente à do idoso que
se torna mais delgada e mais frágil. Há perda de tônus muscular, ocasionando
atrofia muscular nos grandes grupos musculares. No sistema cardiovascular o
coração aumenta seu volume, a freqüência cardíaca diminui, há uma diminuição de
volume de sangue que o coração bombeia, os pulmões diminuem de tamanho e
peso. Já no aspecto social, se dá ao isolamento e ao esquecimento dos idosos,
prejudicando também o psicológico. Mas nem sempre na velhice ocorre isso, pois
existem atitudes e sociedades diferentes, que faz com que ocorram várias situações.
No livro de Rauchbach (1990) relata com exemplo as tribos de esquimós, na qual o
envelhecimento só chegava para os indivíduos no momento em que não
conseguiam, pois si sós, proverem suas próprias necessidades e colaborarem no
geral do grupo, sentindo-se então pesados aos demais e recorriam ao suicídio,
solução indicada pela própria cultura. A sociedade da antiguidade em geral, acatava
os velhos sábios quando atingiam essa etapa. Na questão dos idosos no Brasil
existem dois pontos distintos, os do nordeste e os do sul. No nordeste ainda
predomina a família patriarcal, onde é muito forte a presença da cultura indígena, em
que o velho desempenha o papel de destaque, de transferir para os jovens a cultura
da tribo, seu folclore, sua crença, sendo o mais respeitado pela experiência
acumulada ao longo da vida. No sul, predomina a sociedade industrial, marcada pelo 18
acirramento de competição entre as pessoas, na busca da promoção social e
humana. O equilíbrio social na velhice se torna mais difícil, decorrente da longa
história de vida, quer pela aquisição de um sistema de reivindicações e desejos
pessoais, quer pela fixação de estratégias de comportamento. Atrás de uma barreira
de isolamento social, podemos encontrar o pessimismo na sua existência,
passividade, queixas somáticas, baixa auto-estima, ansiedade, depressão e as
insônias precursoras comuns de infarto do miocárdio.
Ocorrem modificações no decorrer dos anos, onde alteram seus valores e
atitudes. Os entusiasmos são menores, a motivação tende a diminuir, é preciso criar
estímulos bem maiores para fazê-lo empreender uma nova ação, para lutar contra
fatores internos e externos que ameaçam a vida.
Por isso, os benefícios ao idoso, ocasionado através da prática regular de
exercícios físicos, transcendem os aspectos fisiológicos e contemplam o ser humano
em sua globalidade: atendem também suas necessidades sociais e psicológicas. Por
esse motivo, a Educação Física possui um papel importante na vida das pessoas, e
a sua prática é um direito a todos.
1.3 Pontos em que a idade transparece
Segundo Morgenthaler (1996), à medida que as pessoas envelhecem, por
mais fortes e saudáveis que sejam, sempre há algum ponto em que a idade
transparece. Pode ser:
1 – MÃOS: enfeiam, aparecem rugas.
2 – CABELOS: embranquecem ou caem.
3 – JOELHOS: desgaste
4 – OLHOS: enfraquecem
5 – OUVIDOS: alcance diminuído
6 – PELE: diminuição da elasticidade, adquire manchas, rugas.
7 – COLUNA: aparecem bico de papagaio, desgaste, discos, etc.
8 – ANDAR: quanto menos andar, mais lento e difícil se torna.
9 – PULMÕES: mais fracos.
10 – CORAÇÃO: arteriosclerose, pressão alta, etc.
11 – APETITE: diminui, e eles podem atingir um estado de subnutrição, o
intestino funciona mais devagar. O problema pode ser também a dentadura, ou os
dentes.
12 – MEMÓRIA: debilitada, as vezes parece que a mente não envia aos
sentidos o comando. Neste item, a autora chama a atenção: problemas de memória
podem ser o problema de gente idosa, mas não se senil. Muitas vezes, um idoso
tem problemas, mas esta longe da senilidade. Às vezes, qualquer comportamento,
confusão, DEPRESSÃO, causados por nervosismo ou outro, são julgados como
SENILIDADE, DEMÊNCIA OU ARTERIOSCLEROSE, até por médicos menos
experientes. A DEPRESSÃO, doença comum da terceira idade tem por sintomas
choro fácil, falta de apetite, tristeza, cansaço, fácil irritabilidade, sentimento de culpa,
isolamento, falta de vontade de conversar e se movimentar, angústia e insônia.
1 A TERCEIRA IDADE E SUAS CARACTERISTICAS
“Envelhecimento é a conseqüência de alterações, que os indivíduos
demonstram, de forma característica, com progresso do tempo, da idade adulta até o
fim da vida”. (MEIRELLES, 1997).
Idade do meio ou critica – dos 45 aos 60 anos, aproximadamente, encontram-se os primeiros sinais de envelhecimento, que representam frequentemente uma tendência ou predisposição ao aparecimento de doenças, entre as quais se destacam: a) senescência gradual – dos 60 aos 70 anos, aproximadamente. É caracterizada pelo aparecimento de alterações fisiológicas e funcionais instaladas, típicas da idade avançada; b) velhice- nesta idade, que se inicia por volta dos 70 anos, está-se frente ao velho ou ancião no sentido estrito; c) longevo – ou grande velho – aquele com mais de 90 anos. De maneira geral, os estudiosos em gerontologia são unânimes em salientar que a idade cronológica não corresponde a idade biológica, e essa classificação é utilizada como uma orientação para o profissional quanto à maneira de se abordar a problemática apresentada pelo individuo: se preventiva, reabilitativa ou paliativa. Várias são as teorias que tentam explicar cientificamente o fenômeno do envelhecimento, entre elas estão: d) dos distúrbios no mecanismo de reparação do DNA; e) de erros nas funções celulares fundamentais; f) dos radicais livres, que surgem na presença de oxigênio que atacam as membranas celulares causando envelhecimento; g) do estresse (fase de alarme, fase de resistência, fase de esgotamento). A fase de esgotamento consistiria no envelhecimento, caracterizado por uma diminuição da resistência. Segundo Verderi (2002), o envelhecimento é acompanhado de mudanças com grau de variação entre os indivíduos. Uma coisa, porém, é inegável, o envelhecimento é a regressão de funções e a diminuição de vulnerabilidade e não da aproximação da morte. A população de idosos está atualmente ocupando um espaço muito importante em nossa sociedade, o aumento dessa população é uma realidade. Dado este fato, em nosso país começa a surgir certa preocupação em diversos setores, no sentido de não desampará-los dandolhes melhores e maiores assistências mediantes as necessidades. O envelhecimento é uma preocupação constante do homem em todos os tempos. Em nossa sociedade o homem rejeita o envelhecimento, não se conformando com sua evidência. A terceira idade desperta sentimento negativo como piedade, medo e constrangimento (AZEVEDO, 1998). Existem várias maneiras de se envelhecer, dentro da variação individual, ao chegar a uma idade mais avançada pode transcorrer de maneira harmoniosa, sendo responsável por uma etapa feliz e digna da vida do indivíduo, ou pode acontecer de maneira desastrosa, onde, apesar da longevidade, o prazer de viver é perdido pelo caminho. Envelhecer não significa necessariamente acumular perdas e abandonar perspectivas. O temor com a possível aproximação da morte se torna menos lógica quando observarmos as estatísticas. É a própria vida quem nos aproxima da morte e não o envelhecimento. Este é uma dádiva que poucos recebem e, menos ainda, conseguem ou sabem usufruir. Portanto, o mais substancial é poder, saber e querer envelhecer com dignidade. E para isso é necessário que uma vida digna seja acessível a todos os indivíduos em todas as fases evolutivas do seu viver. Em no que diz respeito à prevenção em gerontologia, para que possamos prolongar a vida com saúde, isto é, com qualidade de vida, devemos sempre que possível, promover fatores que possibilitem o retardo dos declínios decorrentes do envelhecimento, e reduzir ao máximo as situações que gerem perda da capacidade ou autonomia do indivíduo. O envelhecimento é um processo fisiológico que não necessariamente corre paralelo à idade cronológica, apresentando considerável variação individual. O fator em comum de todas essas evidências é que todos nós estamos envelhecendo e envelhecemos a cada dia de nossa vida, acreditando que envelhecer faz parte do processo de crescimento e desenvolvimento do ser humano, e ao contrário do que a sociedade pensa, o envelhecimento está associado não somente a fatores negativos, mas também a uma série de aspectos positivos que enriquecem a vida do indivíduo em diversas áreas. Dessa forma, o idoso não pode ser mais visto como um ser que não tem mais nada a oferecer, ou associado à imagem de doença, incapacidade e dependência (MATSUDO, 2001). Envelhecimento é um fenômeno fisiológico, progressivo e inerente a todo ser humano. No entanto, ele não será necessariamente patológico. Patológico, podemos dizer que encontramos na senilidade, e que muitas vezes acompanha um envelhecimento vinculado a uma precária qualidade de vida. Nessa situação, o organismo passaria a apresentar algumas limitações, desequilíbrios no sistema motor e/ou cognitivo, comprometendo assim, o dia-a-dia do idoso. Muitas mudanças físicas que ocorrem com a idade afetam a aparência. Ganho de gordura generalizado, perda dos músculos, perda da estatura, má postura, pele seca, renovação mais lenta das células lubrificantes, pele pálida devido à perda de pigmentos da pele, manchas na pele muito expostas ao sol, os vasos sanguíneos se tornam mais evidentes devido ao afinamento da pele e outras no sistema psicológico e funcional. No entanto, apesar de alguns decréscimos de eficiência e capacidade físico-motora, à medida que envelhecemos, não deixa de ser possível manter um nível relativamente alto de desempenho físico e mental por muitos anos. Aqueles que mantêm uma vida ativa de forma física, cognitiva e social serão sempre privilegiados (VERDERI, 2004). A diminuição ou perda da capacidade funcional leva a incapacidade funcional, que em muitos casos é conseqüência das perdas associadas ao envelhecimento, mas principalmente à falta ou diminuição da atividade física associada ao aumento da idade cronológica, que leva à perdas importantes na condição cardiovascular, força muscular e equilíbrio, que são responsáveis em grande parte pelo declínio na capacidade funcional (MATSUDO, 2001).
Idade do meio ou critica – dos 45 aos 60 anos, aproximadamente, encontram-se os primeiros sinais de envelhecimento, que representam frequentemente uma tendência ou predisposição ao aparecimento de doenças, entre as quais se destacam: a) senescência gradual – dos 60 aos 70 anos, aproximadamente. É caracterizada pelo aparecimento de alterações fisiológicas e funcionais instaladas, típicas da idade avançada; b) velhice- nesta idade, que se inicia por volta dos 70 anos, está-se frente ao velho ou ancião no sentido estrito; c) longevo – ou grande velho – aquele com mais de 90 anos. De maneira geral, os estudiosos em gerontologia são unânimes em salientar que a idade cronológica não corresponde a idade biológica, e essa classificação é utilizada como uma orientação para o profissional quanto à maneira de se abordar a problemática apresentada pelo individuo: se preventiva, reabilitativa ou paliativa. Várias são as teorias que tentam explicar cientificamente o fenômeno do envelhecimento, entre elas estão: d) dos distúrbios no mecanismo de reparação do DNA; e) de erros nas funções celulares fundamentais; f) dos radicais livres, que surgem na presença de oxigênio que atacam as membranas celulares causando envelhecimento; g) do estresse (fase de alarme, fase de resistência, fase de esgotamento). A fase de esgotamento consistiria no envelhecimento, caracterizado por uma diminuição da resistência. Segundo Verderi (2002), o envelhecimento é acompanhado de mudanças com grau de variação entre os indivíduos. Uma coisa, porém, é inegável, o envelhecimento é a regressão de funções e a diminuição de vulnerabilidade e não da aproximação da morte. A população de idosos está atualmente ocupando um espaço muito importante em nossa sociedade, o aumento dessa população é uma realidade. Dado este fato, em nosso país começa a surgir certa preocupação em diversos setores, no sentido de não desampará-los dandolhes melhores e maiores assistências mediantes as necessidades. O envelhecimento é uma preocupação constante do homem em todos os tempos. Em nossa sociedade o homem rejeita o envelhecimento, não se conformando com sua evidência. A terceira idade desperta sentimento negativo como piedade, medo e constrangimento (AZEVEDO, 1998). Existem várias maneiras de se envelhecer, dentro da variação individual, ao chegar a uma idade mais avançada pode transcorrer de maneira harmoniosa, sendo responsável por uma etapa feliz e digna da vida do indivíduo, ou pode acontecer de maneira desastrosa, onde, apesar da longevidade, o prazer de viver é perdido pelo caminho. Envelhecer não significa necessariamente acumular perdas e abandonar perspectivas. O temor com a possível aproximação da morte se torna menos lógica quando observarmos as estatísticas. É a própria vida quem nos aproxima da morte e não o envelhecimento. Este é uma dádiva que poucos recebem e, menos ainda, conseguem ou sabem usufruir. Portanto, o mais substancial é poder, saber e querer envelhecer com dignidade. E para isso é necessário que uma vida digna seja acessível a todos os indivíduos em todas as fases evolutivas do seu viver. Em no que diz respeito à prevenção em gerontologia, para que possamos prolongar a vida com saúde, isto é, com qualidade de vida, devemos sempre que possível, promover fatores que possibilitem o retardo dos declínios decorrentes do envelhecimento, e reduzir ao máximo as situações que gerem perda da capacidade ou autonomia do indivíduo. O envelhecimento é um processo fisiológico que não necessariamente corre paralelo à idade cronológica, apresentando considerável variação individual. O fator em comum de todas essas evidências é que todos nós estamos envelhecendo e envelhecemos a cada dia de nossa vida, acreditando que envelhecer faz parte do processo de crescimento e desenvolvimento do ser humano, e ao contrário do que a sociedade pensa, o envelhecimento está associado não somente a fatores negativos, mas também a uma série de aspectos positivos que enriquecem a vida do indivíduo em diversas áreas. Dessa forma, o idoso não pode ser mais visto como um ser que não tem mais nada a oferecer, ou associado à imagem de doença, incapacidade e dependência (MATSUDO, 2001). Envelhecimento é um fenômeno fisiológico, progressivo e inerente a todo ser humano. No entanto, ele não será necessariamente patológico. Patológico, podemos dizer que encontramos na senilidade, e que muitas vezes acompanha um envelhecimento vinculado a uma precária qualidade de vida. Nessa situação, o organismo passaria a apresentar algumas limitações, desequilíbrios no sistema motor e/ou cognitivo, comprometendo assim, o dia-a-dia do idoso. Muitas mudanças físicas que ocorrem com a idade afetam a aparência. Ganho de gordura generalizado, perda dos músculos, perda da estatura, má postura, pele seca, renovação mais lenta das células lubrificantes, pele pálida devido à perda de pigmentos da pele, manchas na pele muito expostas ao sol, os vasos sanguíneos se tornam mais evidentes devido ao afinamento da pele e outras no sistema psicológico e funcional. No entanto, apesar de alguns decréscimos de eficiência e capacidade físico-motora, à medida que envelhecemos, não deixa de ser possível manter um nível relativamente alto de desempenho físico e mental por muitos anos. Aqueles que mantêm uma vida ativa de forma física, cognitiva e social serão sempre privilegiados (VERDERI, 2004). A diminuição ou perda da capacidade funcional leva a incapacidade funcional, que em muitos casos é conseqüência das perdas associadas ao envelhecimento, mas principalmente à falta ou diminuição da atividade física associada ao aumento da idade cronológica, que leva à perdas importantes na condição cardiovascular, força muscular e equilíbrio, que são responsáveis em grande parte pelo declínio na capacidade funcional (MATSUDO, 2001).
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